Das cinzas da devastadora filoxera que dilacerou a paisagem rural do DOURO no século XIX, emergiu a nossa lenda. Com a maioria das vinhas dizimadas, o desespero, a fome e a pobreza instalaram-se na região.
A família Castello-Branco tem as suas raízes mais profundas nesta região. O laço entre a terra, o povo e o rio Douro é inerente a todos os membros da família, bem como o respeito e admiração perante estes elementos. Esta ligação cresceu com a mesma intensidade do trabalho arduo, realizado de sol a sol, numa terra que pode ser tão generosa quanto cruel. Quando as vinhas e a produção de vinho despoletaram riqueza, Eurico Castello-Branco envolveu-se também na construção dos caminhos de ferro que viriam a transpor a fronteira espanhola.
Por detrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Em 1835, Umbelina Ferreira sentiu-se imediatamente atraída por Eurico, durante uma tarde de vindima banhada pelo sol de Setembro. Pouco depois, a descêndencia de ambos espalhava-se pela região do Douro e, mais tarde, para o Brasil e para África, consolidando o nome de família nos diferentes locais. O legado Castello-Branco perdura com base numa ética que define a relação com o nosso país, o nosso povo e a nossa cultura. Apesar da ligação eterna ao Douro, olhamos para o futuro e para o mundo com o mesmo compromisso que guiou a nossa família ao longo de décadas.
Helena chegou a Portugal, vinda do Brasil, em 1948, para visitar os seus familiares portugueses. Era a primeira vez que pisava solo português, apesar das inúmeras histórias contadas pelo seu pai Manuel Castello-Branco. À medida que percorria a vila a pé, as pessoas acenavam-lhe, sorriam-lhe e chamavam-na pelo nome de família. Intrigada, Helena perguntou a uma senhora de meia-idade como poderia ser possível reconhece-la: “Pode ter um sotaque diferente mas a atitude é a mesma. A menina é uma Castello-Branco.”
Helena nunca mais abandonou Portugal e dedicou a sua vida a programas que visavam apoiar e promover as mulheres da terra em períodos difíceis. Foi um caminho traçado com dificuldades decorrentes de fatores culturais, financeiros e politicos.
Seguindo este exemplo, criámos um fundo que é gerido por parceiros da mais elevada confiança de modo a manter a nossa privacidade, com o objetivo de colaborar com projetos que representem os valores que consideramos mais preciosos. Desta forma, preservaremos esta atitude não só no nosso ADN mas também de forma indelével para a prosperidade.
Pela nossa história e pela história do nosso País, sabemos como uma epidemia imprevisível pode afetar a nossa vida e a de todos que de nós dependem.
Colocámos à disposição dos técnicos das diversas instituições médicas e académicas da região 5000 litros de álcool para a produção de desinfetantes sanitários para utilização nas unidades do SNS que combatem a CoViD-19.
Obrigado aos nossos funcionários, às suas famílias e a todos os homens e mulheres que, de forma corajosa, estão envolvidos no combate a esta epidemia por todos nós.